sexta-feira, 30 de março de 2012

Cabelos crespos, você está preparado?



Conhecendo várias regiões brasileiras, seus Estados e principais cidades através de trabalhos de workshops, palestras, cursos e outras atividades que me proporcionaram uma relação estreita com os profissionais de beleza, venho observando, não é de hoje, a falta de direcionamento dos profissionais para um dos mais importantes e rendosos seguimentos de nossa atividade. Cuidados, tratamentos e processos químicos de transformação específicos para cabelos crespos, ondulados e cacheados, (leia-se afros) Por isso, aos interessados, posto alguns dados que poderão fazer refletir sobre os caminhos que deveremos seguir como profissionais, instrutores, professores, fabricantes e distribuidores de produtos destinados aos cabelos.
1 - O Brasil tem hoje a segunda maior população de negros do mundo.
Segundo dados do censo demográfico de 2010  do IBGE, de uma população de 190.755.799 habitantes, 50,74%, ou seja, aproximadamente 97 milhões de pessoas declararam-se  negros ou pardos. Sem considerarmos amarelos e indígenas, já teremos uma população de negros maior que a de brancos em nosso país. Devemos observar que muitos ainda não se encorajam a declararem-se negros ou pardos, o que pode ter inibido a realidade dos números.

2 – Melhoria da renda das classes C, D e E.
A partir de do plano Real, em fevereiro de 1994 que promoveu a estabilidade econômica do país, e sua continuidade nos governos seguintes, as classes sociais C, D e E, que durante muitos anos, (diria séculos), foi base da raça negra no Brasil também evoluiu econômica e socialmente, tiveram acesso as universidades, a melhores empregos e muitos tornaram-se empreendedores, empresários, profissionais liberais, etc. Desta forma passaram a participar mais intensamente da economia como consumidores de produtos e serviços, tornando-se ainda mais exigentes quanto a aparência.

Darci Ribeiro (1913 – 1997) Antropólogo, educador, escritor e senador da república, em frases que lhe são atribuídas, declara: “O Brasil é um país mestiço”, ou: “O Brasil é um país mulato”.
Sei que muitos dirão que já existem produtos para os fins citados, porém, uma pergunta deve ser feita: Os profissionais estão instruídos, treinados e preparados o suficiente para cuidarem deste tipo de cabelo?

Em minhas experiências por todo o Brasil, e também em  centros de aperfeiçoamento profissional, tenho percebido a falta de orientação e treinamento adequado em muitos profissionais para a lida com a clientela negra, isto porque muitas  escolas e ou cursos seguem  a “moda” importada de outros países, e principalmente dos EUA para este tipo étnico, sem se aperfeiçoarem e a seus instruendos para atender a cliente brasileira que é geneticamente ímpar com características e qualidades únicas.
Aqui mesmo no Rio de Janeiro, e também em outros Estados, há alguns profissionais que descobriram este filão e hoje fazem sucesso e enriquecem com os serviços direcionados a essas clientes.

CONCLUSÃO: Não podemos generalizar. Em um país de dimensões continentais, há diferenças regionais que devem ser levadas em consideração, mas de modo geral, convido a todos a buscarem aprimoramento para atender com qualidade e perfeição a essa clientela ávida por bons profissionais e serviços que lhes satisfaçam os anseios.
Umberto Castro

quinta-feira, 15 de março de 2012

COLORAÇÃO DOS CABELOS, A DIFÍCIL ARTE

Ainda hoje os profiiisonais cabeleireiros enfrentam uma grande dificuldade no que diz respeito ao aperfeiçoamento na arte de colorir os cabelos, seja nos retoques das cores existentes ou na mudança de cores ou tons desejados pelos clientes. Tal fato se dá pela dificuldade que há em encontrar orientação ou cursos que se proponham a instruir os profissionais de forma isenta, sem comprometimento com marcas ou empresas fabricantes destes produtos. Nosso objetivo é criar um forum de discussões onde o profissional possa buscar informações embazadas e desta forma consiga orientações que possa lhe auxiliar no aprendizado ou aperfeiçoamento nesta difícil área profissional.

PROGRESSIVA COM FORMOL, HORA DE REPENSAR

Como profissional da área de beleza e mais ainda como instrutor com passagem pelo SENAC, Instituto Embelleze, SESI e outros centros de formação e aperfeiçoamento de profissionais nesta área, não consigo entender o descaso que os profissionais vêem tendo com o risco do uso do formol ou formoldeído ou ainda o glutaraldeído em seus estabelecimentos, colocando não só a si e a seus auxiliares, mas, também seus clientes e a todos aqueles que se encontram no ambiente aos riscos altíssimos que estas substâncias trazem à saúde. Conheço profissionais que já estão sentindo a manifestação de consequencias do uso prolongado de produtos desta ordem, e que já se mostram preocupados com o futuro sem saber o que lhes poderá acontecer daqui para a frente. Desde o inconsequente início do uso deste tipo de escova, por conhecimento, alertei a diversos alunos sobre a possibilidade de consequencias graves sendo que a grande maioria ignorou meus conselhos e hoje já estão deixando de usar a técnica antes tão propalada, alguns já aprsentando visíveis e confessos problemas de saúde. Quanto o sistema de saúde gastará no futuro para atender aos doentes que irão procurar tratamento médico em consequencia da ganância ou da necessidade de ganhos imediatos? Devemos culpar também as autoridades em todos os níveis pelo descaso e falta de fiscalização com que tratou um assunto tão sério. Somente após a reportagem do Fantástico houve alguma mobilização neste sentido, mas com certeza cairá no esquecimento em breve. Cabe ao cabeleireiro a iniciativa de mudar suas próprias atitudes e repensar entre o imediato e o futuro, mais vale a saúde que lhe proporcionará com trabalho consciente um futuro promissor que ganhos imediatos que poderão ser consumidos com a tentativa de restaurar a saúde. è preciso dizer NÃO à aqueles que nos oferecem produtos com substâncias proibidas e nocivas à nossa saúde e de nossos clientes, porque muitas das vezes tinhamos consciência do conteúdo dos mesmos e em outras fomos enganados por representantes e "indústrias" gananciosas e inescrupulosas que em nenhum momento levaram em consideração nossa saúde. Já há no mercado empresas sérias e produtos que substituem o Formol com vantagens e segurança a saúde dos profissionais, dos nossos clientes e a todos ao nosso redor. Os lançamentos das escovas enrriquecidas com aminoácido PROLISS 100 que tem como ativo de alisamento o GLYOXYLOYL KERATIN aminoácido irá ocupar gradativamente o espaço que foi ocupado pélo formol e dará ao cabeleireiro os lucros necessários à sobrevivência e a opção de escova gradativa ou progressiva que o consumidor almeja sem ônus ou riscos á saúde.