quarta-feira, 11 de abril de 2012

SEU NEGÓCIO VAI BEM???


Desfolhando o caderno Economia de um jornal de grande circulação no Rio de Janeiro, (O DIA, edição de 11/02/2012), deparei-me com uma reportagem cujo título era: CRESCE O MERCADO DE BELEZA.O conteúdo  estimulante da reportagem creditada a Gerencia de Beleza e Bem-Estar do Senac Rio,  dizia que segundo estimativa do SENAC o mercado para o profissional cabeleireiro teria em 2012 um crescimento na ordem de 18% em relação a 2011, (ótima notícia), dizia ainda que o número de empreendimentos individuais sairia de 48.000 em 2011 para 60.00 em 2012, e que só no Estado do Rio de Janeiro haveria a necessidade de 20.000 novos profissionais frente a demanda do setor.
Comecei a passear por sites e institutos de estatísticas e encontrando informações como o da Associação Nacional do Comércio de Artigos de Higiene e Beleza (Anabel).  Segundo a qual 12 mil novos cabeleireiros se formam a cada trimestre, e que o número de salões cresceu 78% em 5 anos, passando de 390 mil em 2005 para 550 mil em 2010.
Encontrei ainda dados de crescimento da renda de classes sociais, baixos custos de investimentos para a abertura de salões de beleza, rapidez de retorno dos investimentos e diversos outros dados e estatísticas que tornam as atividades profissionais em nossa área alvo de desejo da maioria das pessoas  deste País, o sonho de ter seu próprio negócio, de ser seu próprio patrão.
Numa rápida excursão pelas minhas lembranças fui me perguntando para onde teria ido o salão que abrira em determinado local, e outro e outros tantos que consegui me lembrar, recordei ainda de pessoas que fizeram curso de cabeleireiro e que deixaram de atuar como tal após investir muitas vezes valores significantes em cursos de formação na área. Não foi preciso muitos questionamentos para concluir o motivo de tantas desistências e até falências dos empreendimentos iniciados, e a consequente perda do dinheiro investido, a resposta é clara e contundente. Além da falta de capacidade administrativa de muitas pessoas em gerir um negócio próprio, há a FALTA DE PREPARO  profissional.
Há muitos alunos que saem dos cursos carregando um certificado ou diploma, totalmente despreparados para a realidade do mercado, tal fato é algumas vezes consequência da falta de vocação natural para a profissão, outras vezes, é principalmente,  por falta de profissionalização ou aperfeiçoamento específico.
 Assim como as Universidades despejam nas ruas anualmente formandos em direito, medicina, psicologia, administração, marketing, comunicação e diversos outros segmentos profissionais que acabam tornando-se motoristas de taxi, vendedores, eletricistas, mecânicos e outras atividades, que embora sejam dignas, não estão dentro das áreas para as quais deveriam estar atuando uma vez que investiram dinheiro e tempo em formação, também os formandos na área de beleza passam pelo mesmo problema.
As notícias de expansão do mercado leva muita gente se a aventurar no segmento sem uma análise mais profunda de si mesmo, de sua vocação, e assim como os bacharéis que procuram pós graduação, mestrado, MBA, etc. para estar melhor preparado para a competitividade do mercado, o profissional cabeleireiro deve seguir se aperfeiçoando para a disputa acirrada que encontrará. Tal qual na selva onde o mais forte sobrevive ao mais fraco, o mercado faz sua seleção natural onde aquele que oferece os melhores serviços e melhor qualidade sobrevive e progride, e a força que precisa para sobreviver está no conhecimento  e aperfeiçoamento que adquirir para o exercício da profissão ao longo de sua vida.

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